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Porque devo controlar o meu Capital de Giro?

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Atualizado em 16 outubro 24

5 minutos de leitura

Por Lucas Souza, Preço Certo.

O capital de giro é o indicador que mede a necessidade de recursos para que as operações da loja estejam em dia.

Sem o seu devido controle, alguns problemas financeiros podem surgir.

Se você busca entender a importância de controlar o seu capital de giro e como fazer esse processo em sua loja, continue lendo este artigo!

O indicador mais perigoso do varejo

O capital de giro está presente na sua rotina em praticamente todos os momentos. 

E por ser o indicador que mede o capital necessário para manter os processos em dia, a forma como compramos e vendemos os nossos produtos vai impacta-lo diretamente.

Logo, se adotamos estratégias que propiciem a saída rápida de caixa e prolonguem o retorno do valor das vendas, estamos aos poucos criando um problema financeiro.

Comprar à vista e formar grandes estoques (sem vendê-los totalmente) são dois erros comuns na rotina do(a) empresário(a).

Não é a toa que 3 a cada 5 negócios fecham as portas por conta do elevado capital de giro, no Brasil – Dados do Sebrae.

É por esse motivo que você deve tomar muito cuidado com as suas finanças. Do contrário estaremos reduzindo a vida útil da loja, ao constantemente vender e não ver a cor do dinheiro.

Afinal, o dinheiro ficará cada vez menos tempo dentro da conta, concorda?

Com esse conhecimento em mente, vamos entender como evitar que a nossa loja seja a próxima a quebrar, no varejo.

Como controlar o capital de giro?

A seguir, separamos as 3 métricas fundamentais que você deve ter atenção para controlar o seu capital de giro.

Ao final dessa conversa, será possível encontrar um material complementar para te ajudar na sua rotina financeira.

Fornecedores

A primeira métrica se refere aos pagamentos a fornecedores, a forma como operamos esse processo.

No varejo, é comum ouvir de um lojista que as suas compras são pagas à vista, seja por conta de um desconto oferecido pelo fornecedor ou simplesmente, porque há caixa.

Se pensarmos dessa maneira, estaremos retirando o dinheiro do caixa, antes mesmo de recebê-lo. Você concorda que a medida em que realizamos essas operações, cada vez mais capital vai sair e não vai retornar na mesma proporção?

Considerando que realizamos vendas à prazo, aos poucos vamos começar a sentir que o dinheiro mais sairá da conta do que fica – visto que há mais produtos para repor.

Para evitar esses problemas, negocie prazos com seus fornecedores e evite pagá-los à vista, mesmo que seja oferecido um desconto.

Em toda a história do Preço Certo, não houve registros de que um desconto para grandes volumes foi vantajoso para a loja – provando que no longo prazo, não é uma boa escolha.

Por fim, fomente um boa relação com eles, para que os prazos oferecidos sejam cada vez maiores.

Dessa forma, podemos evitar a exposição do caixa, que é um risco enorme para a(o) lojista.

Giro de Estoque

Agora que nós entendemos a importância de se negociar prazos com fornecedores, precisamos olhar com atenção o giro de estoque.

Essa métrica mede o desempenho do estoque, fazendo referência a quantidade comprada e o número de vezes essa operação é realizada.

Logo, se estocamos em excesso os nossos produtos, comprando-os em uma frequência menor – teremos um giro de estoque baixo.

A melhor forma para controlar o capital de giro e reduzi-lo é aumentando o giro do estoque, ou seja, comprando apenas o necessário, em uma frequência cada vez maior.

Como por exemplo, um produto que leva em média 10 dias para ser vendido – Faz mais sentido renovar o seu estoque a cada 8/9/10 dias, ao invés de estocá-lo para 3 meses.

Dessa forma, sabemos que não haverá estoque congelado e assim, podemos contar com o dinheiro para outras necessidades.

Ao final das 3 métricas, será possível ter clareza de como elas, em conjunto, podem lhe auxiliar na gestão do capital de giro.

Recebíveis

A terceira e última métrica que compõe o capital de giro da sua loja são os recebíveis.

Nessa parte, devemos buscar mecanismos e estratégias que permitam que o dinheiro das vendas entre na conta o mais rápido possível.

Dessa forma, políticas como descontos para pagamentos no boleto, por exemplo, são ótimas!

A ideia é poder contar com o valor das vendas o quanto antes, para que possamos utilizá-la.

Lembre-se, antes de qualquer tomada de decisão que altere o seu preço de venda, é importante ter controle da sua margem de contribuição e entender o impacto dessas alterações na sua formação de preços.

Para isso, antes de aplicar qualquer desconto, você pode utilizar essa calculadora de promoções, simulando os seus resultados nas vendas.

Acabando com os problemas de caixa

Imagine o cenário:

  • Pagamos os nossos fornecedores após um tempo considerável;
  • Compramos apenas o necessário, evitando estoque em excesso;
  • Adiantamos as entradas de caixa, contando com o dinheiro mais rapidamente.

Dessa forma, estamos buscando um cenário ideal que chamamos de geração de caixa, onde fazemos com que o próprio produto se pague.

Claro, para atingirmos esse cenário, é necessário realizar testes em todas essas métricas e ter clareza do seu indicador.

Para finalizar essa conversa, te convido a conhecer esta calculadora de capital de giro, onde será possível medir o seu indicador e controlá-lo.

Boas vendas!