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Empreendedorismo feminino em crescimento

Conteúdo E-commerce

Atualizado em 10 dezembro 24

8 minutos de leitura

Sabia que o número de empreendedoras tá crescendo no país a cada ano? Pois é! O movimento de mulheres produzindo novas ideias e negócios é tão significativo que já ganhou até data internacional: a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 19 de novembro como o Dia do Empreendedorismo Feminino.

A ideia da data é atrair a atenção mundial para o crescimento do protagonismo feminino na Economia e pra importância de incentivar essa tendência. Afinal, há um forte impacto econômico e social nesse movimento. 

Então, pra todas as pessoas antenadas no mercado, é importante entender mais sobre como é o empreendedorismo feminino no país! E nós aqui do Magalu temos algumas informações bem legais. Vem conferir!

O crescimento do empreendedorismo feminino

Tem muita mulher empreendendo no país! Pra você ter uma ideia, entre os anos de 2001 e 2011, o estudo “Empreendedorismo Feminino como Tendência de Negócios”, do Sebrae, mostra que o número de empreendedoras cresceu 21%, enquanto o de homens não chegou nem à metade disso. 

Em 2016, elas foram as responsáveis por mais da metade das empresas abertas! E ser uma empreendedora independe do tamanho da empresa, viu? Ter uma pequena loja de sabonetes e perfumes é válido igualzinho a ter uma grande startup.

O empreendedorismo feminino representa também uma mudança nos paradigmas sociais: o aumento expressivo de mulheres empreendedoras consolida de uma vez a liderança feminina na esfera econômica da sociedade, contribuindo pra redução da desigualdade de gênero.

O perfil das empreendedoras

Agora, pra você ter uma ideia melhor de como é o país pras mulheres empreendedoras, existem alguns dados bem legais do Sebrae e do instituto Rede Mulher Empreendedora (RME) que são importantes conhecer.

Olha, tem muitas mulheres bem diferentes umas das outras que escolheram o empreendedorismo pra conquistar o seu espaço profissional! Com base em estudos recentes, dá pra dizer que a maioria:

  • tem entre 31 e 50 anos e começa a empreender depois de ser mãe — uma pesquisa recente mostra que 7 a cada 10 empreendedoras buscam essa oportunidade de trabalho após se tornarem mães;
  • prefere empreender pra ter flexibilidade de horário e trabalhar com o que gosta;
  • trabalha a maior parte do tempo a partir de casa e dedica de 7 a 8 horas por dia ao que faz;
  • atua no setor de serviços e tem empresa aberta como microempreendedora individual (MEI), sem sócios;
  • ganha até R$ 5 mil por mês.

Alto nível de capacitação

Estudos mostram que 80% das empreendedoras têm ensino superior completo, viu? Agora, isso não quer dizer que quem não tem graduação não pode empreender ou tem menos chances de sucesso. O importante é ficar de olho na capacitação, o que é algo bem simples de fazer!

O Sebrae tem um levantamento que mostra que 68% das mulheres empreendedoras buscam informações em palestras gratuitas. Legal, né? E 38% vão a eventos, palestras e encontros de empreendedorismo. Muitas usam as redes sociais pra saber sobre eles. 

Os desafios do empreendedorismo feminino

Como você viu, 7 a cada 10 mulheres empreendedoras começam essa empreitada após a maternidade. A explicação é simples: com filhos pequenos, a flexibilidade de trabalhar com o próprio negócio é muito atrativa — e, muitas vezes, necessária — pra conciliar a vida profissional com o cuidado com os pequenos.

Porém, é justamente aí que está o maior desafio do empreendedorismo feminino: a sobrecarga de funções. De acordo com um levantamento do Sebrae divulgado pelo G1, 49% das mulheres cuidam da higiene dos filhos todos os dias e 63,3% realizam tarefas domésticas diariamente. Para os homens, os percentuais são de 38,2% e 25,6%, respectivamente. 

Isso mostra que há um descompasso entre as conquistas femininas no mercado de trabalho e os antigos padrões sociais. Ou seja, há uma desigualdade na atribuição de funções domésticas e parentais entre homens e mulheres, que ainda são mais responsabilizadas pelos cuidados com a família em geral. O resultado é uma sobrecarga de funções pra as mães empreendedoras.

Outro grande desafio é o preconceito de gênero. Segundo uma pesquisa da Catho, as mulheres ainda são menos reconhecidas do que os homens no mercado de trabalho: elas ganham em média 34% a menos do que eles ocupando os mesmos cargos de liderança.

E essa é uma diferença totalmente relacionada ao gênero, viu? Prova disso é que elas estudam mais — cerca de 30% têm pós-graduação, enquanto a taxa entre os homens é de 24% —, e mesmo assim eles podem ganhar até 52% a mais em uma mesma função.

O incentivo às mulheres empreendedoras

O empreendedorismo feminino desempenha um papel muito importante pra diminuir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. O incentivo a negócios femininos favorece a independência financeira de mulheres, que podem, com isso, investir ainda mais em seu desenvolvimento de carreira e ocupar papel de destaque da Economia.

Além desse ponto tão importante, é legal notar que as mulheres têm soft skills — as chamadas habilidades comportamentais — muito valorizadas atualmente. E não sem motivo: características como a flexibilidade, o detalhismo e a empatia combinam muito com as novas tendências de mercado.

E, por mais que essas habilidades possam ser desenvolvidas por qualquer pessoa, as mulheres empreendedoras têm de sobra o tal “jogo de cintura”. Então trata-se de um perfil de liderança que casa muito bem com as novas demandas de negócios. 

Mas como incentivar esse movimento? Veja só algumas dicas que podem ser colocadas em prática por qualquer empresa ou pessoa física e favorecer o empreendedorismo feminino no Brasil!

Comprar produtos ou serviços de mulheres empreendedoras

Ficar de olho nos negócios conduzidos por mulheres é a forma mais simples de incentivar esse movimento. Sobretudo em se tratando de empreendedorismo local: certamente há alguma liderança feminina perto de você que vende o produto ou o serviço desejado.

Então, em vez de recorrer a grandes marcas e lojas líderes de mercado, vale a pena buscar esses empreendimentos e incentivá-los. Uma boa dica pra quem gosta de comprar online é contar com os marketplaces: por lá, você consegue encontrar tudo o que precisa e ter acesso às vitrines de empreendedoras e empreendedores.

Contribuir com a redução da sobrecarga feminina

Como vimos, um dos maiores desafios do empreendedorismo feminino é a sobrecarga de funções. Portanto, uma forma eficaz de incentivar os negócios conduzidos por mulheres é atuar junto a esse desafio.

Vale a pena conversar com conhecidos a respeito da necessidade de uma divisão igualitária das tarefas domésticas. Aos poucos, as novas formas de organização social vão sendo cada vez mais normalizadas nos discursos, paradigmas e comportamentos da população.

Se você é homem, não deixe de levar essa percepção pra dentro da própria casa. Apoiar uma companheira por meio de palavras é muito válido, mas contribuir para que o seu dia a dia seja mais produtivo de forma prática faz muito mais diferença pra que ela possa investir em sua vida profissional. 

Apoiar o planejamento e a gestão no início do negócio

Quanto maior o planejamento e os cuidados com a gestão do negócio no dia a dia, maiores as chances de sucesso. Então tem que ficar de olho nisso! Se você é empreendedora ou conhece alguma mulher que seja, lembre-se desse toque. 

Um detalhe legal é que as pesquisas mostram que 33% faz uso de programas de gestão e outros 33% usam planilhas ou cadernos pra fazer o controle. E essa é uma boa dica!

É possível fazer o controle de sua empresa no computador ou por escrito, mas é importante deixar anotadinhos os ganhos, gastos e investimentos! Daí fica até mais fácil saber o que tá dando lucro ou não, né?

Agora, uma coisa que a maioria das empreendedoras faz é misturar a conta do negócio com a pessoal no banco — aliás, esse é um erro comum no empreendedorismo em geral. Isso dificulta fazer o controle dos gastos e pode atrapalhar bastante o controle do que se ganha. O bom é que hoje em dia é fácil abrir contas pra pessoa jurídica sem nenhuma taxa!

Outra coisa que acontece bastante é usar recursos pessoais pra investir na empresa, o que muitas vezes é necessário, mas nem sempre é a melhor opção. Atualmente, existem muitas alternativas pra conseguir financiamento pra projetos profissionais, e até mesmo programas e iniciativas dedicadas exclusivamente ao empreendedorismo feminino.

Os segmentos mais promissores pra mulheres

As mulheres empreendedoras podem se dedicar a qualquer tipo de negócio em que tenham experiência e conhecimento. Uma boa ideia é investir no mercado de franquias, em que os empreendedores em geral já têm acesso a um plano de negócios bem consolidado e ao suporte necessário pra ter sucesso no novo negócio.

Outra possibilidade é começar um projeto profissional do zero, o que exige preparação e planejamento. Nessa opção, vale a pena pensar em nichos de mercado que se relacionam com gostos e preferências pessoais. Afinal, trabalhar com o que a gente gosta faz toda a diferença na motivação diária, não é?

Alguns segmentos que vêm se destacando no empreendedorismos são:

  • alimentação saudável, incluindo a venda de produtos orgânicos e delivery de refeições fit;
  • cursos e outros produtos digitais relacionados à educação;
  • brechós e outros negócios de consumo sustentável;
  • espaço de estética e bem-estar;
  • serviços de locação de produtos e equipamentos;
  • personalização de produtos e presentes artesanais.

E, em se tratando da comercialização de produtos, as lojas virtuais (e-commerce) são promissoras em qualquer segmento. Então vale muito a pena abrir um site ou montar uma vitrine em bons marketplaces.

Gostou de conhecer mais sobre o empreendedorismo feminino? Como você viu, incentivar esse movimento faz toda a diferença pra contribuir com a formação de uma sociedade mais justa, em que homens e mulheres têm o mesmo protagonismo econômico. 

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