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Mulheres empreendedoras: conheça a história de Ana Carina da Not-me
Atualizado em 15 novembro 24
5 minutos de leitura
Elas são incríveis já sabemos! Agora estão dominado espaços pouco explorados, conquistando igualdades antes amarradas e se tornado mais protagonistas que nunca.
Mulheres empreendedoras crescem a cada ano no Brasil. Segundo relatório do Sebrae, publicado em 2019, do total de 52 milhões de empreendedores, elas representam 46%. Apesar de ainda (sim, ainda!) estarem em menor número, esse dado já demonstra um grande triunfo, visto que, historicamente, são elas que carregam menos privilégios.
Conhecer histórias inspiradoras e encontrar boas representatividades no mundo dos negócios é sempre um motivo de orgulho pra gente aqui no Magalu. É por isso que queremos contar a história de Ana Carina Dalcastagne, fundadora da Not-me, empresa que vende calçados!
Ela se tornou uma parceira Magalu bem no meio da pandemia, em 2020. E conseguiu ultrapassar as barreiras impostas pela covid-19, conciliando tudo com os desafios da maternidade. Confira!
A história de Ana Carina da Not-me
Assim como outros profissionais de destaque, Ana Carina passou por uma transição de carreira. O empreendedorismo nem sempre esteve entre suas prioridades, inclusive porque adorava o trabalho em que estava.
“Eu era apaixonada pela carreira bancária! Durante muito tempo, acreditei que me aposentaria nela. Eu amava o que fazia. Mas, após alguns anos, certas práticas começaram a me desagradar e perdi o brilho nos olhos, sabe? Já não me via mais fazendo aquilo para sempre. Não sentia prazer ou orgulho”, conta.
Os primeiros passos precisaram ser cautelosos. Foi com boa dose de coragem e foco, além de certos malabarismos, que ela buscou conciliar várias responsabilidades.
“Eu estava na minha segunda gestação. Iniciei o projeto assim que o bebê nasceu, durante a licença-maternidade. Porém, nesse período, engravidei de novo. Então, segui no antigo emprego, levando a empresa como segundo plano. Assim que meu terceiro filho nasceu, pedi pra sair. A parte difícil foi largar a estabilidade do salário e saber que dali para frente só dependeria de mim”, relata.
Transições de carreira demandam certa resiliência, não é mesmo? Ana Carina encarou tudo como parte de sua jornada e usou suas experiências pra fazer dar certo sua nova escolha.
“Minha vida de bancária foi fundamental para a de empresária. Sou extremamente metódica no financeiro. Trabalho sempre com operações estruturadas, entre compra, venda, lucro. Não misturo a conta pessoal com a empresarial. Na época do banco, via acontecer muitas coisas com outras empresas e tinha medo de passar por isso. Mas sempre trabalhei com os pés no chão e fazendo previsões dos meus riscos”.
O começo do empreendedorismo de Ana Carina
Começos são quase sempre difíceis. As estradas de mulheres empreendedoras não são feitas de linhas retas. E, por mais que se tenha vontade de conquistar bons resultados, é preciso dedicação, além de disponibilidade pra aprender. Assim foi também com a fundadora da Not-me.
“Trabalhei em uma loja de calçados na adolescência, dos 15 aos 19 anos. Eu era dedicada, boa vendedora e aprendi bastante. Quando decidi empreender, conversei com um amigo que fabricava calçados. A esposa dele também tinha vontade de ter uma loja, então iniciamos juntos o negócio. Mas, após um tempo, percebi que nossos ideais eram diferentes, então resolvi sair e seguir sozinha”.
O ato foi de coragem, mas Ana Carina sentiu que o desafio maior estava em trabalhar na internet: “foquei a venda no online, porque via futuro e queria liberdade. Porém, pra ser sincera, não entendia absolutamente nada. Foi uma busca intensa de conhecimentos e estudos, até conseguir a primeira venda no site”.
As dificuldades e as superações durante a pandemia
A pandemia e a imposição do lockdown impactaram muitos negócios e trouxeram dificuldades para muitos lojistas. Ana Carina também passou por momentos de receios.
“No primeiro momento, nos assustamos. Minhas funcionárias ficaram apavoradas. Ajustamos os processos para o trabalho home office e tentei tranquilizá-las. Meu pensamento foi o de fazer o melhor que eu podia com o que eu tinha. Então, em casa, estudei divulgação de produtos e criação de conteúdo”.
Essa atenção à presença digital e às necessidades de mudanças foram os diferenciais. Mesmo enfrentando a falta de matéria-prima, já que conta com produção exclusiva, a Not-me teve ótimas conquistas.
“Quando muitas empresas estavam buscando um meio de vender na internet, nós já tínhamos plataformas de e-commerce, estrutura comercial, gestão de anúncios e espaços em grandes marketplaces”, relembra Ana Carina. Sendo uma parceira Magalu, ela pode contar com uma estrutura que facilita a difusão e o comércio de seus produtos. “Nós decolamos. Crescemos 600% e minha equipe aumentou em 5 vezes durante a pandemia. Foi um ano comercial excelente”, celebra.
Mãe e empreendedora
Durante a experiência profissional, Ana Carina procurou agir com foco e praticidade, características que contribuíram para tanto crescimento. Isso foi importante para que conseguisse enfrentar até os malabarismos da maternidade, típicos de muitas mulheres empreendedoras.
“Mãe é mãe antes de tudo. Se o filho está doente, não tem como falar para ele me esperar até eu subir a campanha. Marido sai de manhã e volta de noite. Mãe se vira nos 30. Pelo menos, essa é a realidade aqui em casa. Eu, com três filhos, primeiro adapto minha agenda a eles. Depois, administro o dia”.
Já dá pra imaginar que renúncias são comuns, não é mesmo? “Algumas vezes, preciso trabalhar de madrugada. Passo semanas sem fazer a unha. Abro mão de muitas coisas. É preciso um grande equilíbrio emocional e administrativo. Mas já me acostumei com a rotina e gosto dela. Vivo um dia por vez. Tem dias que dá tudo certo, outros não são como a gente gostaria, e assim vai. Uma hora, tudo isso passa, os filhos crescem, as coisas voltam ao normal e a gente sente saudades”.
Conselhos a outras mulheres empreendedoras
Impostos e obstáculos fazem parte do caminho. Uma dica para dar os primeiros passos nas vendas online é apostar em bons sistemas para marketplace. Além disso, Ana Carina dá mais um conselho às mulheres empreendedoras:
“Não é fácil, mas é possível. Dá para crescer e viver do sonho. Mas desistir não pode ser uma possibilidade, pois desculpas não tiram os sonhos do papel. Foque o que você quer, estude muito, busque informações e venda. Seja produto, seja serviço, seja sua imagem ou seja sua hora! Venda! Trabalhe muito, muito, ainda que os resultados demorem a chegar. E não desanime, pois lá na frente, a conta fecha.”
Chefes de casa, mães, jovens, experientes, casadas ou solteiras. Fragilidade, no fundo, nunca existiu, não é mesmo? As mulheres empreendedoras são protagonistas de suas próprias histórias, além de merecedoras do prêmio final. É por isso que o mercado precisa experimentar um pouco mais da representatividade feminina!
Inspirou-se com essa história? Você também tem uma pra contar? Coloca nos comentários que vamos adorar saber!
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